Células - Parte 1


A TRANSIÇÃO DE UMA IGREJA TRADICIONAL PARA O MODELO DE PEQUENOS GRUPOS
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Quero compartilhar com você, tudo que aprendi trabalhando com células na igreja. Colocando a sua disposição, materiais que o ajudem a tomar as decisão que precisa para implantar ou não as células em sua igreja.
 Disse o pastor Michael Catt: Pouco nos importa apertar as mãos e lamentar a usurpação da televisão, dos jogos de futebol e de outras atrações quando vamos à igreja. Se não tivermos vigor o suficiente para competir com tudo isso, talvez não importe muito se tivermos os nossos cultos ou não. Se o evangelho significa tão pouco para nós a ponto de ser deixado de lado por qualquer espetáculo secundário que sopra nas redondezas, não terá muita importância se as pessoas se unirem para experimentarem a fé morta... Parece que estamos pregando e promovendo algo que a maioria dos seus participantes não sentiria falta caso o perdesse!
Iniciou-se na Coréia do Sul com o Pr. Yonggi Cho, no final dos anos 1960, utilizando a mão de obra de mulheres, pois os homens desprezaram essa ideia por estarem muito ocupados, um movimento de transição da igreja do modelo tradicional para um modelo de igreja firmado no trabalho de culto e evangelismo nos lares. O Pastor Argenildo Carvalho diz que “[...] não dá para elaborar uma receita completa ou fixa, pois a dinâmica dos pequenos grupos passa por reajustes constantes, e é adaptada às necessidades humanas”, ou seja, cada igreja ou grupo deve adaptá-la à cultura e estilo local, porém, é possível observar que as bases são muito semelhantes. Evangelizar as multidões e cuidar das pessoas, um pequeno passo de cada vez.

Notadamente, o método de trabalho com pequenos grupos já foi provado e aprovado como uma ferramenta poderosa para o crescimento da igreja e o fortalecimento da comunhão entre irmãos, segundo o pastor Abe Huber (2011, p.21). Bastaria dizer que o Pr. Yonggy Cho, pastoreia uma das maiores igrejas evangélica do mundo, com mais de um milhão de fieis, segundo o site da igreja na internet, porém, a estruturação da igreja em células, ainda é alvo de forte resistência nas igrejas históricas, apesar de ser um modelo amplamente utilizado pelas novas gerações de igrejas evangélicas.
O pastor Larry Stockstill (2000) cita relatórios apresentados por muitos pastores, com números excepcionais, que demonstram o grande número de conversões em suas campanhas evangelísticas, mas “[...] apenas de 2 a 5% desses novos convertidos, em média, se mantém na igreja, mesmo quando ela utiliza os métodos de acompanhamento mais eficientes possíveis”. Já quando se convertem nas células, “[...] veremos que 75% deles se decidiram por Jesus não em um culto, mas em consequência” dos relacionamentos. Fazendo o seguinte questionamento: “Por que estamos empregando a maior parte do tempo em eventos evangelísticos quando as conversões acontecem mais como resultado de um contato individual?”. Contribuindo com essa afirmação, uma pesquisa do Barna Group (2017) revelou que 89% das pessoas que não frequentam mais uma igreja, disseram que quando aceitaram Jesus foi com toda sinceridade, e que a decisão ainda é importante para elas, mas que estão afastadas da comunhão da igreja, nesse sentido, Huber (2011, p.69) é categórico ao afirmar que “[...] o segredo de alcançar as pessoas e ganhar vidas para Jesus, não é através de métodos e estruturas, mas sim através da vida de Deus dentro de cada cristão”. É justamente nesse ponto que os pequenos grupos levam vantagem sobre as campanhas de evangelismo, pois na célula, antes de aceitar Jesus como Salvador a pessoa desenvolve relacionamentos com os outros, e vê Jesus em suas vidas e conduta, então a ida para igreja, agora, é apenas uma consequência de seus relacionamentos e não uma decisão pontual de se associar à um grupo (igreja) de pessoas desconhecidas (cristãos) e se submeter aos julgamentos desses.
Se o trabalho em pequenos grupos gera bons resultados, então por que não tomar posse dessa ferramenta?
Quais seriam as dificuldades para transicionar uma igreja tradicional para o modelo de igreja estruturada em pequenos grupos?
Quais são os riscos associados?
Como funciona a estrutura dos pequenos grupos?
A transição do modelo tradicional para o modelo celular tem uma receita infalível?
A igreja deve ser estruturada em células ou ser simplesmente uma igreja com células?
Não há riscos de divisão, já que haverá a descentralização do culto?
A célula é uma igrejinha, devo reproduzir a liturgia do templo para os pequenos grupos?
Vamos, em grupo, buscar respostas para essas e outras questões relativas ao evangelismo e crescimento da igreja através de pequenos grupos.

São basicamente esses os pontos que desejamos abordar e responder de maneira clara e objetiva, servindo como uma ferramenta para decidirmos, como igreja, como transicionar para o evangelismo através dos pequenos grupos. Segundo a versão eletrônica da Revista MDA (Modelo de Discipulado Apostólico) essa transição leva de 4 a 6 anos para estar completa, e se não for realizada com planejamento adequado pode atrapalhar mais do que ajudar a igreja local. Ao estudar as igrejas e os grupos celulares é comum ouvir casos de igrejas que iam muito bem até tentarem uma transição sem planejamento e praticamente fecharem as portas, por isso, mais do que nunca, a organização e o planejamento será exigido das nossas lideranças eclesiásticas.
Vamos compartilhar, nesse trabalho, os métodos e as metodologias que funcionaram em diversas culturas do mundo, e o passo a passo para uma transição de sucesso, tudo com vistas ao crescimento do Reino de Deus.


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