O desespero

.. Então eu me volvi e entreguei o meu coração ao desespero no tocante ao meu trabalho, o qual realizei debaixo do sol.” 
Ec 2: 10 – 11 e 20
Acordar para mais um dia e não ter esperança de que tudo é passageiro e que daqui a pouco vai estar resolvido e melhor, é o mesmo que desejar a morte e não ter coragem de morrer, é o estado inicial do que muitos chamam de depressão profunda.
 A falta de esperança pode causar apatia ante aos desafios, desequilíbrio químico, desencadeando uma série de consequências sintomáticas, tais como: tristeza, apatia, falta de motivação, dificuldade de concentração, pessimismo, insegurança e muitos outros, mas isso ainda não é a  depressão.
 Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. O número de casos na população global já é estimado em 19% de depressivos, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.
 Ela já é a doença mais incapacitante em todo o mundo, quem sofre de depressão tem a sua rotina virada do avesso, deixa de produzir e tem a sua vida pessoal destruída. Cerca de 850 mil pessoas morrem, por ano, em decorrência da doença. Descrita pela primeira vez no início do século 20, ainda pode ser confundida com tristeza ou até mesmo mau humor.
 Porém a medicina classifica-a como doença psicossomática. Formada pela junção de duas palavras gregas: psique (psico – alma) e soma (corpo). E, deste modo, uma doença psicossomática é aquela que não é exclusivamente somática, corporal, mas tem origem na psique, na alma.
 A psique inclui tudo o que não conseguimos localizar no corpo de uma maneira específica: nossas emoções, sentimentos, pensamentos, vontades, desejos, sonhos, lembrança, traumas. A ansiedade e a irritabilidade são sentimentos comuns nos quadros psicossomáticos, e há uma tendência a identificar e culpabilizar eventos externos pelo problema, aumentando a sensação de impotência diante das dificuldades. O depressivo precisa de tratamento especializado. A importância deste tipo de abordagem nos transtornos psicossomáticos também se deve ao fato de interromper uma possível evolução do problema, que limite progressivamente a vida social, profissional e emocional da pessoa.

 * Parte do Livro: Como produzir esperança - Klai Ferreira

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